Garoto era usado por pai e mãe para despistar abordagem policial.
Adultos foram detidos em rua de bairro em Cariacica.
A inocência de uma criança de 4 anos, fez com que os pais suspeitos de tráfico de drogas fossem presos, em Cariacica, Espírito Santo. Segundo a polícia, o menino estava sendo usado pelo pai para despistar alguma abordagem policial. Ao ser questionado pelos militares, o homem negou o crime, mas o filho entregou. As investigações apontam que a mãe levou o menino até o local a pedido do pai. A prisão dos dois adultos aconteceu na noite deste domingo (11) e a criança foi levada para um abrigo.
Pai e mãe foram observados pela polícia traficando na Rua Leopoldina, no bairro Vasco da Gama. Os militares desconfiaram da movimentação em torno do pai, Evandro Ferreira dos Santos, 22 anos, que ficava em pé na rua e era abordado por diversas pessoas. Ele recebia dinheiro e, em troca, repassava a droga. Já a mulher dele, Aline da Silva Moreira, 20 anos, ficava com o filho do casal, sentada numa calçada, um pouco mais à frente de onde o marido estava.
Ao ser abordado, Evandro negou que estivesse traficando. Porém, ele não contava que a inocência do filho pudesse entregá-lo. Segundo a polícia, foi o menino quem denunciou o esquema de venda de drogas do pai.
Esconderijo
Uma policial militar ficou conversando com o menino enquanto os pais eram revistados. O garotinho, de apenas quatro anos, disse à militar que o pai estava no local vendendo maconha. E indicou o lugar onde a droga estava escondida.
Uma policial militar ficou conversando com o menino enquanto os pais eram revistados. O garotinho, de apenas quatro anos, disse à militar que o pai estava no local vendendo maconha. E indicou o lugar onde a droga estava escondida.
Segundo a PM, a criança se referiu à droga vendida pelo pai como “dola”, uma gíria usada por usuários para identificar a bucha de maconha. Ele disse que o pai vendia cada “dola” por R$ 5.
Vigilância
Inicialmente, Aline negou à polícia que estivesse ajudando o marido no tráfico. Porém, na delegacia, ela confessou que foi até o local a pedido de Evandro. Sua função era ficar de vigília, junto com a criança, e avisar caso a polícia aparecesse.
Inicialmente, Aline negou à polícia que estivesse ajudando o marido no tráfico. Porém, na delegacia, ela confessou que foi até o local a pedido de Evandro. Sua função era ficar de vigília, junto com a criança, e avisar caso a polícia aparecesse.
Evandro já tem passagens pela polícia por roubo e tráfico. O casal foi preso, e o menino entregue ao Conselho Tutelar.
“Só quis ajudar meu marido. Errei”
“Qualquer mãe no meu lugar iria sofrer por ser separada do filho desse jeito. Não queria fazer mal a ele. Só quis ajudar meu marido. Errei. Logo agora, depois do Dia das Mães, fiquei sem meu filho”, disse Aline após ser questionada sobre o motivo pelo qual levou o filho para traficar junto com o pai.
“Qualquer mãe no meu lugar iria sofrer por ser separada do filho desse jeito. Não queria fazer mal a ele. Só quis ajudar meu marido. Errei. Logo agora, depois do Dia das Mães, fiquei sem meu filho”, disse Aline após ser questionada sobre o motivo pelo qual levou o filho para traficar junto com o pai.
De acordo com a mulher, ela estava em casa, com a criança, quando o marido ligou e pediu para que eles fossem se encontrar com ele. Chegando no local, ela recebeu do esposo a tarefa de vigiar a polícia.
Evandro achou que, com a presença da mulher e do filho pequeno, a polícia não desconfiaria de que ele estivesse na rua vendendo drogas. “Agora, é pagar. Quero sair e ver o meu filho o mais rápido possível”, declarou Aline.
O menino foi entregue pela Polícia Militar ao Conselho Tutelar de plantão. Como a mãe disse que não tem nenhum parente por perto que pode assumir a guarda da criança, o menino foi levado para acolhimento em um abrigo. “Nesses casos, a primeira providência a ser tomada é identificar um parente próximo. A intenção do conselho não é afastar a criança do convívio familiar”, explicou a conselheira Rúbia Barros.
O menino foi entregue pela Polícia Militar ao Conselho Tutelar de plantão. Como a mãe disse que não tem nenhum parente por perto que pode assumir a guarda da criança, o menino foi levado para acolhimento em um abrigo. “Nesses casos, a primeira providência a ser tomada é identificar um parente próximo. A intenção do conselho não é afastar a criança do convívio familiar”, explicou a conselheira Rúbia Barros.
De acordo com ela, o caso agora vai ser levado ao conhecimento da juíza responsável pela Vara da Infância e Juventude de Cariacica, para que a magistrada analise os fatos e só depois decida qual será o destino da criança.
Criança leva quadrilha à cadeia
Em dezembro de 2013, uma criança, de apenas quatro anos, foi quem mostrou à polícia onde estavam uma arma e drogas de uma quadrilha, durante uma operação da Polícia Civil e da Polícia Militar, em Iriri, balneário de Anchieta, no Sul do Estado.
Em dezembro de 2013, uma criança, de apenas quatro anos, foi quem mostrou à polícia onde estavam uma arma e drogas de uma quadrilha, durante uma operação da Polícia Civil e da Polícia Militar, em Iriri, balneário de Anchieta, no Sul do Estado.
No esconderijo usado pelo grupo, quatro pessoas foram presas. O bando era formado por três irmãos de 22, 17 e 15 anos. Uma prima dos rapazes, de 26 anos, também foi detida. Segundo informações da polícia, o grupo morava em Terra Vermelha, Vila Velha, e se mudou para Iriri.
A residência pertencia à prima dos três rapazes e era usada para guardar drogas e armas. Uma criança de 4 anos, moradora da casa foi quem mostrou à polícia onde estavam a arma e a munição.
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